AS CHUVAS poema de h. dubal
vinham cair nos campos de dezembro,
e de repente a vida rebentava
na força muda que as sementes guardam.
Nas ramas verdes rebentava a luz
e a doçura do tempo transformava
a terra e o gado na pastagem tenra
na alegria dos rios renovados
Cheiro de gado e de currais suspenso
no ar que os dedos do inverno vão tecendo
mais um vez nos campos de dezembro.
E nos trovões a tarde acalentada,
cantiga de viver que a chuva traz
numa clara certeza repetida.
H. DUBAL - Poeta Crítico, leitor de Sartre, Rilke, T.S.Eliot e Camus… existencialista. Nào falava de si, discreto. falava do mundo, criticava a modernidade…entregou as moedas ao barqueiro há dois meses.
Sem comentários:
Enviar um comentário